Pesquisar este blog

domingo, 23 de junho de 2013

Carta publicada no Globo...








 Carta publicada no Globo...

Para fazer "a revolução", não precisamos pegar em armas ou acabar com a vida de ninguém. A nossa "arma", são as redes sociais, acredite no poder que nós temos. Basta cada um fazer a sua parte e ampliar.
Tá na sua mão. Na nossa mão.
Seja bastante coerente.
A Carta publicada no Globo
Tudo tem um começo,... e parte de um princípio!
um dia a casa se "apruma"!



A Carta publicada ontem no Globo Por Gil Cordeiro Dias Ferreira

Que venha o novo referendo pelo desarmamento. Votarei NÃO, como da primeira vez, e quantas forem necessárias. Até que os Governos Federal, Estaduais e Municipais, cada qual em sua competência, revoguem as leis que protegem bandidos, desarmem-nos, prendam-nos, invistam nos sistemas penitenciários, impeçam a entrada ilegal de armas no País e entendam de uma vez por todas que NÃO lhe cabe desarmar cidadãos de bem.
Nesse ínterim, proponho que outras questões sejam inseridas no referendo:
· Voto facultativo? SIM!
· Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
· Reduzir para um terço os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
· Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!
· Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!
· Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM!
· Fidelidade partidária absoluta? SIM!
· Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!
· Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
· Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!
· Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público (elevando-se para a categoria de crime hediondo? SIM!.
Atualização dos códigos penal e processo penal? SIM!
· Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
· Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um quinto? SIM!
· Voto em lista fechada? NÃO!
· Financiamento público das campanhas? NÃO!
· Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
· Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM!
Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!!!!!!!!!!

"O dinheiro faz homens ricos; o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz homens grandes."

DIVULGUEM  - VAMOS VER SE MUDAMOS O BRASIL? ESTÁ EM NOSSAS MÃOS.  

***LEMBRE-SE: A FICHA LIMPA SÓ ESTÁ AÍ
POR MOBILIZAÇÃO DO POVO!!!!

O pior é que quase ninguém repassa, não sai às ruas como na Grécia, na Síria, no Egito etc.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - por Carolina Bilibio



Começa hoje abre-se um novo espaço neste blogue para divulgação científica de uma profissional competente , representante do nosso país , na área em que atua . Trata-se da Dra. em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras/UniKassel...Carolina Bilibio

Boa leitura a todos e todas...

 Jornal das Missões- 04.07.2013



Carolina Bilibio é doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras, com estágio na Universidade de Kassel, Alemanha. Possui graduação em agronomia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. E-mail para contato: carolina.bilibio@yahoo.com.br
 
IMG_2211


Pensando gestão rural - e o crédito rural no Brasil

O agronegócio, que compreende a soma de quatro segmentos (a) insumos para a agropecuária, (b) produção agropecuária primária (c) processamento e (d) distribuição, é responsável por 22% do Produto Interno Bruto do Brasil (Governo Federal, 2011). O agronegócio brasileiro é responsável ainda por um terço dos empregos e mais de 40% das exportações. Dada a sua importância para a economia brasileira, o governo tenta incentivar o setor agrícola por meio do crédito rural, atualizado a cada ano pelo chamado Plano Safra, divulgado normalmente entre os meses de junho e julho.
O crédito agrícola foi criado no ano de 1964, por meio da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, com os seguintes objetivos: (1) estimular os investimentos rurais para produção, extrativismo não predatório, armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários, quando efetuado pelo produtor na sua propriedade rural, por suas cooperativas ou por pessoa física ou jurídica equiparada aos produtores; (2) favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos agropecuários; (3) fortalecer o setor rural; (4) incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção; (5) propiciar a aquisição e regularização de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais; (6) desenvolver atividades florestais e pesqueiras; (7) estimular a geração de renda e o melhor uso da mão-de-obra familiar.
O crédito rural é aplicado por meio de três ferramentas: a) custeio - para cobrir despesas das culturas, incluindo itens desde a compra de insumos até a fase de colheita; b) investimento - para viabilizar a aquisição de bens duráveis, cujos benefícios repercutem durante muitos anos; c) comercialização - que auxilia o produtor rural e as suas cooperativas com mecanismos que viabilizam o abastecimento e o armazenamento da colheita nos períodos de queda de preços.
No ano de 2012, foram programados R$ 115,25 bilhões de crédito agrícola para a agricultura empresarial e R$ 18 bilhões para a agricultura familiar. Em 2012, 68% do crédito disponibilizado foi aplicado em atividades agrícolas - como o custeio da cultura da soja e do milho, e 32% em atividades pecuárias. Neste mesmo período, 37,12% do total de crédito agrícola foi disponibilizado para a região sul, 21,09% para a região centro-oeste, 29,31% para a região sudeste, 8,46% para a região nordeste e 4,01% para a região norte. A região sul do Brasil também concentrou a maior parte - 40%, do crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf, em 2012. De acordo com o Anuário estatístico do crédito rural, somente 0,1% do crédito rural é proveniente do tesouro nacional, ou seja, do caixa do governo, o restante é disponibilizado por meio de iniciativas privadas.
Já para a safra de 2013 está programado um crédito agrícola de R$ 136 bilhões, totalizando um aumento de 18% em relação à safra de 2012, e R$ 21 bilhões para a agricultura familiar. Parece ser um valor elevado, porém ainda inferior a maior quantia já liberada ao setor no ano de 1979, o equivalente a R$ 161 bilhões.
É importante lembrar que outros países - ou blocos econômicos, utilizam igualmente diferentes mecanismos para incentivar a produção agrícola. Na Europa, existe a Política Agrícola Comum - "Common Agricultural Policy - CAP", com o objetivo de garantir a qualidade de vida dos agricultores, assegurar o abastecimento de alimentos a preços viáveis aos consumidores, e desenvolver de forma equilibrada as áreas rurais integrantes da União Europeia que incorpora na atualidade 27 países. Nos Estados Unidos, o crédito agrícola é oficializado por meio de Políticas Agrícolas ("Farm Bill"), atualizadas de cinco em cinco anos na forma de uma nova Lei. A Lei agrícola publicada em 2008 e que estará em vigor até setembro de 2013, tem como principal tema: Alimentos, Conservação e Energia e como objetivos o aumento na oferta do número de vales-refeição - chamado de "food stamp", para pessoas carentes; maior apoio financeiro a produção de etanol; maior incentivo a pesquisas relacionadas a pragas, doenças e outros problemas agrícolas.

Por fim, se destaca que o crédito rural é uma ferramenta importante para o desenvolvimento das atividades agropecuárias e que certamente contribui para o crescimento da economia brasileira. Cabe ao agricultor brasileiro o arbítrio de utilizar o crédito rural ou não para prosseguir com as suas atividades.


Coluna Jornal das Missões - 05.07.2013

Carolina Bilibio é doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras, com estágio na Universidade de Kassel, Alemanha. Possui graduação em agronomia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. E-mail para contato: carolina.bilibio@yahoo.com.br
 
                                                              
Pensando gestão rural - e a irrigação no Brasil
                A irrigação pode ser entendida como a técnica artificial de aplicação de água na agricultura visando à melhoria da produção agrícola, tanto em quantidade como em qualidade. Na atualidade existem 5,5 milhões de hectares irrigados no Brasil. O estado que concentra a maior área de lavouras irrigadas é o Rio Grande do Sul, com 1,09 milhões de hectares, seguido por São Paulo - 500 mil hectares, Minas Gerais - 350 mil hectares, Bahia - 293 mil hectares e Goiás - 200 mil hectares. O Brasil possui ainda cerca de 30 milhões de hectares com potencial para implantar a irrigação, 14,6 milhões de hectares na região Norte, 4,9 milhões de hectares na região Centro-Oeste, 4,5 milhões de hectares na região Sul, 4,2 milhões de hectares na região Sudeste e 1,3 milhões de hectares na região Nordeste.
                As culturas com maior utilização da irrigação são cana-de-açúcar - 1,7 milhões de hectares; arroz em casca - 1,1 milhões de hectares; soja - 624 mil hectares; milho em grão - 559 mil hectares e o feijão - 195 mil hectares. Os principais métodos de irrigação utilizados no país são; aspersão, localizada e superfície.
                O método de irrigação por aspersão tem como principal característica o lançamento de jatos de água no ar que caem sobre a cultura na forma de chuva. Este método se adapta às diversas condições de solo e topografia, possui boa eficiência de distribuição de água, pode ser automatizado e transportado. Por outro lado, se verifica como limitações: os custos de instalação e operação; a influência do vento e umidade relativa; necessidade de água de boa qualidade para manter a vida útil do equipamento; potencial de surgimento e disseminação de doenças. Os sistemas mais usados de irrigação por aspersão são aspersão convencional (fixos, semifixos ou portáteis), pivô central e autopropelido.
                No método da irrigação localizada a água é geralmente aplicada em apenas uma fração do sistema radicular das plantas. As principais vantagens deste método é a economia de água - já que somente uma parte da área total é molhada, e a alta eficiência da irrigação - em torno de 90%. Por outro lado, a principal desvantagem é o custo inicial de implantação dos principais sistemas: o gotejamento e a microaspersão.
                No método de irrigação por superfície - considerado o método de irrigação mais antigo do mundo, a distribuição da água é realizada por gravidade por meio da superfície do solo. As principais vantagens deste método são: menor custo fixo e operacional requer equipamentos simples e possui baixo consumo de energia.  Todavia este método é o que possui maior consumo de água e a menor eficiência de aplicação da água, em torno de 60%. Os sistemas mais utilizados de irrigação por superfície são os sistemas de inundação e sulcos.
                E quais são os critérios para escolher um método e/ou sistema de irrigação? Alguns parâmetros importantes podem ser citados, como Topografia -– em áreas planas podem ser pode ser utilizados qualquer sistema de irrigação, porém nas áreas que não são planas devem ser adotados sistemas de aspersão (até 30% de declive) ou localizada (até 60% de declive); Solo - solos com alta capacidade de infiltração devem ser irrigados com aspersão e solos com baixa capacidade de infiltração devem ser irrigados com irrigação localizada. Cultura -  deve-se observar sistema e o espaçamento de plantio, a profundidade do sistema radicular, a altura de plantas e as exigências agronômicas. Outros fatores como o clima, fonte de água, aspectos econômicos, sociais, ambientais e humanos também devem ser observados.
                A irrigação também é utilizada em outros continentes e países. De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, 2009), o continente Asiático possui 47,2% da área cultivada sob sistemas de irrigação, incluindo a China com 58% e a Índia com 41,9% respectivamente. Entretanto,  a África do Norte possui 28,7% da área cultivada sob sistemas irrigação (Egito-100%), e a África Susariana, 3,6%. A América Latina possui 13,3% da área cultivada sob sistemas de irrigação, o Chile com 100%, seguido pelo Equador - 77%, Colômbia - 48%, e Brasil - 8% (Mundo - 22%).
                Para finalizar, é preciso enfatizar no dia 14 de janeiro de 2013 foi publicado a lei 12.787/2012 que trata da Política Nacional de Irrigação, visando incentivar a ampliação da área irrigada no país, aumentar a produtividade de forma sustentável e reduzir os riscos climáticos para a agropecuária. Já o Rio Grande do Sul instituiu o Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada - Mais Água, Mais Renda por meio da Lei 059/2013, com o objetivo de objetivo de aumentar as áreas irrigadas e prevenir os efeitos das estiagens no estado. Este programa está à disposição de todos os agropecuaristas que pretendem implantar sistemas de produção irrigados.




Pensando gestão rural - e as tecnologias educacionais no meio rural...                 Tecnologias educacionais podem ser definidas como o conjunto de técnicas e procedimentos que objetivam facilitar o processo de ensino, ou seja, a forma de transmitir o conhecimento, e aprendizagem, que se refere ao processo de adquirir conhecimentos e desenvolver habilidades, valores e atitudes, por meio da utilização de um conjunto de instrumentos, símbolos ou organizadores.
                As tecnologias educacionais podem estar centradas no meio, no processo ou nas inovações da educação. Quando as tecnologias educacionais estão centradas no meio, elas focalizam os equipamentos e técnicas que possam auxiliar o professor no ensino. Quando as tecnologias educacionais estão centradas no processo, elas buscam por meio de uma forma sistemática, a melhoria do planejamento, implementação e avaliação do processo total da aprendizagem. Já quando as tecnologias educacionais são entendidas como estratégias de inovação, elas possibilitam a geração de novos conceitos, teorias, ideias e técnicas. As tecnologias educacionais objetivam ainda, o desenvolvimento integral do homem para inserí-lo na transformação social da sua época.                As tecnologias educacionais se transformaram ao longo do tempo. Uma das primeiras tecnologias educacionais utilizadas foi um tipo de remo de madeira (1650) no qual o alfabeto estava gravado e que ajudava os estudantes a ler e a copiar. Em 1890 a escrita era realizada em pedra de ardósia, cor negra, com bordas de madeira, que poderia ser utilizada em sala de aula ou em casa. Ainda no ano de 1890, surgiu o quadro de giz, considerado uma das grandes invenções da tecnologia educacional. Posteriormente, no ano de 1900, surgiu o lápis, e nesta época o papel já era produzido em massa, o que possibilitou a substituição das pedras de ardósia.
                Outras invenções podem ser citadas, como o projetor de filmes (1925); o rádio (1925);  o retroprojetor (1930); a caneta esferográfica (1940); o mimeógrafo (1945); o primeiro computador (1951); a máquina de fazer cópias (1959); a calculadora (1972); o computador (1980);  as primeiras iniciativas relacionadas à internet (1988). E 1990 foi criada a sigla WWW- World Wide Web (rede mundial). Em 1999 surgiu o quadro branco interativo, composto por computador, tela sensível ao toque e projetor, em 2004 surgiram os laptops e em 2005 foi criado o primeiro vídeo no YouTube (você televisiona), por fim em 2010 surgiu o Ipad, um dispositivo na forma de tablete.                Mas será que todas estas tecnologias podem mesmo educar/ensinar/aprender melhor? Alguns estudos (John Page, 2011) indicam que as tecnologias educacionais promovem uma (1) ampliação de lugar e de tempo, por exemplo, um estudante possui normalmente 40 minutos do dia com o professor em sala de aula, que é dividido entre 25 colegas, se este estudante possui um laptop, internet e acesso ao material da aula, o estudante pode acessar o material em qualquer outro lugar e a qualquer momento e não mais somente por 40 minutos. Com as tecnologias educacionais é possível ainda (2) aprofundar o entendimento de conceitos, já que por meio de projetores, o professor pode demonstrar conceitos com mais facilidade do que somente palavras. As tecnologias educacionais melhoram a relação (3) ensinar&aprender, por exemplo, por meio da realização de projetos, os estudantes podem buscar aprender por eles mesmos, e o conhecimento necessário para desenvolver projetos está nos dias atuais em todo lugar e não somente no professor. As novas mídias são também, novas (4) oportunidades de expressão pessoal, por exemplo, antigamente os estudantes escreviam nos cadernos e normalmente a única pessoa que observava as observações feitas, era o professor, porém, na atualidade, os estudantes podem criar blogs, vídeos, criar um jornal da turma. As tecnologias educacionais possibilitam ainda o (5) trabalho em grupo com outros colegas que não estão próximos fisicamente, por meio de e-mail, mensagens instantâneas etc. As tecnologias educacionais possibilitam os estudantes se tornarem (6) globais, por oportunizar a busca de conhecimentos específicos ao redor do globo e sem custo algum, os estudantes podem assistir conferências, palestras, entender outras culturas.                Para finalizar se desta que o Ministério da Educação - MEC, possui um programa denominado Programa Nacional de Tecnologia Educacional - PROINFO, iniciado em 1997 e relançado em 2007. Este programa objetiva, além de outros itens, a inserção de Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC dentro do processo de ensino-aprendizagem nas escolas de educação básica, rurais e urbanas. O Programa está presente em diversos municípios brasileiros, beneficiando inúmeros estudantes e professores.
                Aos produtores rurais, que antes possuíam limitações físicas relacionadas à logística - como transporte e estradas, para ter acesso ao ensino de qualidade e educação continuada, na atualidade podem se beneficiar, como qualquer outro cidadão, de todo aparato tecnológico disponível para desenvolver suas atividades com qualidade. Os agricultores podem ler jornais, realizar pesquisas, identificar oportunidades de negócio, verificar a previsão do tempo, estudar idiomas, enfim, uma infinidade de oportunidades, inclusive a realização de cursos de graduação e/ou pós-graduação a distância por meio das modernas e inovadoras tecnologias educacionais. 










Coluna Jornal o Celeiro - 27.07.2012
                                          
Pensando gestão rural - com sustentabilidade!
O termo desenvolvimento sustentável contempla um conjunto de conceitos relacionados ao uso dos recursos que visam atender as necessidades humanas. A Organização das Nações Unidas definiu em 1987 que desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que "satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades". Ou seja, sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico que utiliza os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Já a gestão rural, pode ser definida como “a ciência e a arte que busca a utilização racional dos fatores de produção (internos e externos), do ponto de vista técnico, econômico e social, respeitando os valores culturais do produtor rural, sua família, e ainda, suas organizações e o meio ambiente”. A administração ou gestão rural deve responder: o que produzir, como, quanto, com quais recursos e para quem. Porém, é papel da administração rural sustentável: (1) contribuir para que o produtor rural forneça matérias primas e ou produtos com a qualidade necessária, com custos compatíveis, economicamente viável (o produtor precisa ter renda), socialmente justo e ecologicamente correto; (2) viabilizar, "porteira a dentro", a utilização dos recursos - físicos, humanos, financeiros e mercadológicos, de maneira racional, por meio do planejamento, organização, direção e controle; (3) possibilitar, "porteira a fora", a participação e a atuação do produtor rural de forma conjunta: em cooperativas para a defesa dos interesses comerciais; em sindicatos para a defesa dos interesses políticos; em associação para a defesa de interesses específicos. Para complementar, a administração rural sustentável deve possibilitar que o produtor, dentro ou fora da porteira, crie e agregue valor (quantificável ou não) aos seus produtos, por meio da prestação de seus serviços, já que é a natureza que produz, é a planta que produz o grão, é a vaca que produz o leite... E de que forma este serviço está sendo realizado? Cabe ressaltar que os desafios da gestão rural podem estar relacionados (1) a ter organizações capazes de renovação contínua, automática e espontânea; (2) a tornar a inovação função de todos, todos os dias; e (3) a criar uma organização altamente envolvente onde todos dão o melhor de si. Por fim, destaca-se ainda que as estratégias de desenvolvimento rural podem contemplar (1) o desenvolvimento da multifuncionalidade, ou seja, as atividades agrícolas passam a ser articuladas a outros temas e preocupações, como a segurança alimentar, a qualidade dos alimentos, a proteção do meio ambiente, a valorização dos diferentes tipos de territórios e a geração de oportunidades de emprego, de renda e lazer; (2) a redução de insumos externos; (3) a pluriatividade, ou seja, a diversificação das atividades rentáveis, sempre lembrando que quanto mais diversificada é uma unidade de produção, mais complexa é a sua gestão; (4) a novas formas de cooperação local e (5) a melhorias na transformação insumo-produto. Estas reflexões fazem parte das discussões realizadas durante o Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), que acontece entre os dias 22 e 25 de julho 2012, na cidade de Vitória, Espírito Santo.

Carolina Bilibio

terça-feira, 11 de junho de 2013